terça-feira, 30 de novembro de 2010

Qual o perfil da banca?

Foto Divulgação
Para alcançar a tão almejada vaga na área pública, muitos concurseiros se inscrevem em vários processos seletivos. Entretanto, mesmo com conteúdos programáticos tão semelhantes, as provas podem ser completamente diferentes. Dessa forma, torna-se um diferencial para ser aprovado no certame conhecer melhor o estilo de cada instituição organizadora. A sugestão apresentada por especialistas é de que os concurseiros estudem de acordo com o perfil das bancas examinadoras.
O professor Ivan Lucas de Souza destaca que para obter aprovação em um concurso não basta apenas ter dedicação. "O aluno tem que conhecer o estilo das provas, levando em conta a banca examinadora. Essa é a principal estratégia para conseguir a tão sonhada aprovação no concurso", observa o docente.
Segundo Ivan, a maioria dos candidatos acham as provas do Cespe/UnB como uma das mais difíceis. Isso porque ela é a única das organizadoras que prefere utilizar-se de itens, como para cada questão errada uma certa é anulada. "A prova do Cespe/UnB é mais interpretativa e pode associar mais uma matéria com a outra. Por isso, os alunos costumam achar mais difícil", comenta. No caso de outras bancas examinadoras, como, por exemplo, a Fundação Carlos Chagas (FCC) e a Universa, o professar explica que as provas são de múltipla escolha e, por isso, a estratégia recomendada por ele é, principalmente, decorar a matéria. Porém, independentemente da banca examinadora, Ivan recomenda a leitura atenta do enunciado da questão, uma vez que direciona o que está sendo solicitado.
Também é interessante iniciar a prova pelas questões mais fáceis, propõe o docente. Sendo assim, além de ganhar mais tempo para as que forem mais elaboradas, o candidato se sentirá mais motivado para prosseguir fazendo a prova. Ele ressalta, ainda, a importância de acompanhar os editais anteriores e resolver alguns exercícios para treinar.

Diferenças

Cesgranrio: A avaliação dá ênfase ao simples conhecimento das regras. É comum dar pesos diferentes para as questões.

Cespe/UnB: Exige dos candidatos a interpretação em toda a prova. o processo seletivo costuma exigir conhecimento amplo, uma visão geral da área escolhida.

Cetro: Trabalha muito com textos extensos, além de exigir bom conhecimento teórico nas questões.

Esaf: As questões são mais extensas, exigindo maior conhecimento por parte dos concursandos. os textos costumam versar muito sobre economia. os enunciados costumam ser muito extensos.

Vunesp: As questões costumam ser simples e objetivas. As avaliações exigem conhecimento básico dos tópicos principais.

É preciso focar no conteúdo

A concurseira Eva Matos Pinho, de 30 anos, estuda há 11 meses para concurso. Seu foco não está só na banca examinadora, mas, principalmente, no conteúdo programático exigido nos certames. "Estudo as disciplinas que mais são pedidas pelo Cespe/UnB e só tento concurso realizado por essa instituição. Com isso, aumento meu nível de conhecimento", afirma Eva. E sua estratégia deu certo. Com três meses apenas de estudo, ela passou dentro do número de cadastro reserva para o Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, aguarda ser chamada pela Corte.

Os concurseiros Marcos Vieira Córdoba, 26 anos, e William Mendonça Alves da Silva, 26, também estão estudando apenas para os concursos organizados pelo Cespe/UnB. Eles vão tentar uma vaga de técnico de regulação no concurso da Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel). "Vou tentar somente concursos realizados Cespe. A ideia é focar os estudos somente nos editais lançados por essa instituição", afirma William.
Já a estudante Alexandra Peixoto, de 19 anos, comenta que a diferença entre as organizadoras está principalmente no foco da matéria, além do método de avaliação de cada uma. "Não considero que uma seja mais complicada que a outra, apenas que as organizadoras têm um método específico de avaliação, sendo assim, cabe aos concursandos se adaptarem", afirma. 
Fonte: http://www.unb.br

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